sexta-feira, dezembro 20, 2013

Deluxe Fluttershy - Equestria Girl

Vamos falar das Equestria Girls... bem brevemente, não tem muito o que dizer na verdade. Ah sim, e o principal motivo da breviedade é que existe um post excelente sobre a Deluxe Rainbow Dash bem aqui

Evidentemente elas foram produzidas para competir com as Monster High por pais desavisados e compradores desatentos, e até por isso parecem ter sido planejadas para custar um pouco menos. Custar aquela diferença decisiva a menos. Eu nem posso dizer que deu errado, tanto deu certo que aqui estou eu; não tão orgulhosa dona de uma Equestria Girl (Deluxe) Fluttershy. Eu ainda não consegui achar o "Deluxe" escrito em lugar nenhum da caixa, se eu tivesse pedido esse item para os meus pais e não para outra colecionadora profissional com certeza eu receberia o presente errado.


O cabelo foi a primeira coisa a me chamar atenção, ele é suficientemente farto para esconder bem a cabeça amarela da boneca, é bem colocado ao redor das orelhas e no contorno do rosto mas os plugs são bem mais espaçados na cabeça. O cabelo vai mais ou menos ate o joelho da boneca com uma mecha mais longa que chega no pé. As pontas não são perfeitamente cortadas e parece uma questão de tempo para darem uma ressecadinha mas nem de longe é o pior kanekalon que eu já vi, na verdade ele é macio, sedoso e gostoso de pentear (ao menos por enquanto).
As articulações são bem restritivas :( Ombros, cotovelos, quadril e joelhos apenas. Também não são do melhor tipo e permitem poses limitadas, algumas delas meio esquisitas :P

As roupas me chamaram atenção, bem feitas, sem pontos soltos, o vestidinho verde é uma graça, tecido bom, estampa bem colocada. O molde das botas é bem detalhado e a pintura veio impressionantemente bem feita para o que eu estou acostumada nos acessórios. Bem legal.

Uma pena as asas serem dessa cor roxa totalmente nada ha ver. Na internet vi algumas com asas amarelas ou azuis mas nunca vi essas cores alternativas em lojas.

Mas, vamos para a parte que todos esperam, como é a Fluttershy nua? =o.o=

  

 Não tenho muito o que dizer sobre a caixa, ela faz o que tem que fazer sem ser particularmente interessante ou chamativa. Ela não se autodestrói duranta o processo de desembalar a boneca mas se você decidir soltar os acessórios do backcard vai ser realmente chato coloca-los de volta. Eu não tirei todos os meus.

Bem, vocês não imaginam o tamanha da minha frustração ao descobrir que a boneca não tinha pé! Que maldade fazer isso com o brinquedo! Ela não vai na praia, não anda descalça, não usa sandálias. Sério Hasbro?! Por que?
Eu entendo que o pé não entraria na giga bota, mas eu preferia uma boneca com pé e outro sapato. Ou ao menos mandem junto um baratíssimo pé anexável pra eu colocar nela quando tirar as botas. Repirei fundo, mas foi difícil me recuperar desse baque. 

A segunda coisa odiosa (que até saber sobre o pé eu achei que seria a primeira) é o top moldado no corpo. Até a folga do tecido veio moldada. Pra que isso? Eu ia me aprofundar na discussão sobre como seios (de boneca ainda por cima) são super perigosos e uma ameaça a sociedade. Tão perigosos que as bonecas tem que vir com roupas irremovíveis para que os seios nunca fiquem expostos. Bem, sociedade, as menininhas de 5+ anos que terão esses brinquedos eventualmente, se deus quiser (né?) vão crescer, ganhar corpo e ter seios... eu acho. Se nada mudou no mundo acho que vão. E... bem, eu não vou falar sobre isso... agora. Voltando a Fluttershy, ela tem um quadril feio, as pernas se conectam na virilha pessimamente, não daria pra colocar uma calcinha na boneca sem enroscar na articulação, a sim, ela também vem com uma calcinha moldada, chorem Bronies! :P Eu ia falar do tigh gap também mas... Os olhos e os lábios são bem pintados e ela até para em pé sozinha \o/ desde que esteja calçada.

Bem, a boneca é aceitável pelos R$45 (U$20) que ela custa nos EUA, ela definitivamente não vale os R$129 (U$55) pelos quais é vendida no Brasil, infelizmente.



quarta-feira, dezembro 04, 2013

"Cultura da Vítima"

Sabe, eu sinto falta de lidar com as crianças, elas não se deixam enganar por certezas, tem a flexibilidade pra mudar e pra conviver com as diferenças (sem que entende-las seja realmente importante). Eu tento rever o que eu penso o quanto posso, a cada post ou comentario que leio. E eu me vejo caindo no tal efeito vareta, puxando radicalmente para o lado oposto de cada coisa da qual discordo. Não quero ser assim... mas é difícil.

Em fim, aos poucos vou desistindo de falar com as pessoas e de comentar o que elas escrevem, embora eu saiba que no fundo a maioria delas esta "morrendo" por um comentário, qualquer comentário que seja, algo que as faça sentir que foram vistas e lidas. E eu estou aqui postando no blog "invisível" enquanto isso.

Hoje li um texto interessante sobre a cultura da vítima, ser vítima é um papel que o individuo escolhe representar em maior ou menor grau. Eu não estou dizendo que não existem vítimas ou que a violência é fake, nada disso. Eu estou dizendo que existe a postura de vítima, o lugar social de vitima e esse é um lugar no qual as pessoas podem ser colocadas contra sua vontade e ali decidirirem ficar por mais ou menos tempo, mas também é um lugar onde muitos se sentem confortaveis e se enfiam sozinhos.

Por fim, li a noticias das feministas que atacaram religiosos em Buenos Aires. Tem vários relatos históricos e estudos psicológicoss (que eu vou falhar em referenciar aqui, sinto muito) que mostram que muitas vezes quando um grupo oprimido ganha poder ele comete atrocidades ainda maiores que seus opressores. E vamos vivendo em uma situação de medo e insegurança onde “a expectativa do perigo iminente faz com que as vítimas potenciais aceitem facilmente a sugestão ou prática da punição ou do extermínio preventivo dos supostos agressores potenciais” (COSTA, 1993, p.85), mas quando 70% da população é essa vítima potencial estaremos constantemente punindo supostos agressores e gerando mais violência e mais medo, infinitamente.

Por um lado, o lado extremo da vara, eu imediatamente penso "nada como uma boa opressão", queira ou não a opressão/repressão impede as pessaos de cometerem muitos enganos e até atrocidades. Mulheres oprimidas não iam sair pichando, batendo e cuspindo em pessoas que estão só rezando, certo? Convenhamos, é um comportamendo vergonhoso e se fossem crianças diriamos "que feio isso".
É o medo de ser pego (seja por deus, seja pela policia, seja pelo que for) que impede muita gente de roubar ou fazer pior, evidentemente existem as pessoas que são naturalmente valorosas e não roubam ou matam por principio, lindo, mas para muitas outras existem regras. Para a criança mal criada existe a bronca (repressão) e o castigo (opressão) e isso impede que ela faça feio ou cause problemas para si e para os demais. Vai-se soltando a criança aos poucos, não se substitui regras rigidas por abitrariedade absoluta do dia para a noite, por mais que a criança esperneie. Nossas "vitmas" estão esperneando, tem motivo em muitos aspectos. É duro para os pais admitir, e dificil enxergar, mas as vezes os filhos tem razão, ainda assim a mudança tem que ser gradual e pacifica.

Claro, como eu disse, a vareta, o momento em que eu defendo a opressão diante do comportamento, aos meus olhos descabido, dos oprimidos. Ideal mesmo seria todos nos comportarmos com moderação, não agredirmos os outros, aceitarmos que diferenças podem conviver e que na verdade essas diferenças tornam o mundo interessante. 

Ainda vai demorar para a vareta parar de oscilar, e vamos viver extremos por um bom tempo por que o nobre caminho óctuplo não é nada fácil de se encontrar. 

Vivemos em sociedade e estaremos sempre sujeitos à regras, a única liberdade real e irrestrita esta no pensamento e na imaginação, e mesmo aí existem regras.


COSTAJurandir Freire.O Medo SocialVeja 25 anos - Reflexões para o futuro. São Paulo: Editora Abril, pp. 83-89, 1993.

domingo, novembro 24, 2013

Sistemas; e a realidade do jogo

     "Esses jogadores não estão rejeitando completamente a realidade. Eles têm empregos, objetivos, deveres de casa, famílias, compromissos e vidasreais com as quais se preocupam. Porém, à medida que dedicam uma parcela maior do seu tempo livre aos mundos virtuais, parece que, cada vez mais, falta algo ao mundo real.
     Os jogadores querem saber: onde, no mundo real, existe esse sentimento de estar inteiramente vivo, focado e ativo em todos os momentos? Onde está a sensação de poder, de propósito heroico e senso de comunidade experimentadas pelo jogador? Onde estão as explosões de alegria tpipicas de jogos criativos e estimulantes? Onde está a empolgante sensaçaão de sucesso e vitória em equipe? Embora jogadores possam, de vez em quando, experimentar esses prazeres em suas vidas reais, eles os vivenciam quase que diariamente quando envolvidos em seus jogos favoritos.
     O mundo real simplesmente não oferece com tanta facilidade os prazeres cuidadosamente elaborados, os emocionantes desafios e o poderoso vínculo social social conquistado em ambientes virtuais. A realidade não nos motiva con tanta eficácia. Ela não foi concebida para maximizar nosso potencial e não foi planejada para nos fazer felizes." (McGonigal Jane, 2012 p.13)

Eu comprei esse livro a mais de um ano. Ontem faltou luz quase o dia todo, devorei-o-o para arrepender-me severamente de não te-lo lido antes.Muito antes, em 2011, em inglês, nos diversos artigos que o precederam (na verdade li alguns apenas), teria mudado meu trabalho de mestrado provavelmente. O título original é brilhante: "Reality is Broken" e a autora, sem surpresas, muitos já devem ter visto:


Olhando a fundo a realidade não é tão ruim, nós tentamos realizar a fantasia o tempo todo, existem ARGs, existem LARPs e existem atitudes surpreendentes nas vidas de algumas pessoas também. Mas é difícil discordar de que a realidade esteja "quebrada", isso é verdade em muitos sentidos, mas o foco aqui é jogos são divertidos. Fun é uma palavra mágica, a palavra mágica que deve-se manter em mente ao se pensar sistemas de RPG. 
Conheci muitas pessoas que se debruçavam sobre a busca de emular a realidade (GURPS não era "difícil" o bastante para eles, aparentemente), laçavam-se em uma quest por realismo. Isso não funciona. Ao criar um sistema você tem que levar em consideração a relação entre quanto esforço que seu mestre e jogadores vão ter que fazer para aprender o jogo e quão divertido o jogo vai ser para eles. Esse problema não existe tão fortemente nos jogos eletrônicos, onde a "calculeira" pode ser automatizada e o quão complexa for desejável, mas em jogos de tabuleiro é algo que tem que ser levado em consideração. Evidentemente cair em um simplismo completo também não é uma boa opção, as regras devem permitir ao jogador elaborar estratégias funcionais e essas estratégias precisam, ao menos algumas vezes, funcionar. O equilíbrio entre simulação e complexidade é essencial.
E se faltar motivação leiam a McGonigal e pensem na nobreza de criar jogos (e de mudar o mundo)! Ela existe! \o/


MCGONIGAL, Jane. A Realidade em Jogo. Por que os games nos tornam melhores e como eles podem mudar o mundo. Rio de Janeiro: Beste Seller, 2012.

quinta-feira, novembro 14, 2013

Sistema, cenário e jogo (RPG)

Três coisas que as pessoas muitas vezes usam como sinônimos, e não existe um problema muito grande nisso quando se esta apenas jogando mas dependendo da situação, e do contexto, você pode precisar explicar as coisas com mais clareza, nesse caso não convém misturar.

O jogo (game) de RPG é um conjunto que envolve um sistema e um cenário. Sistema + cenário = jogo. E para jogar o jogo você cria personagens usando o sistema e coloca esses personagens para interagir no cenário. Simples, né? 

D&D é um jogo que usa o sistema d20 e pode se passar no cenário de Ravenloft (ou Forgotten Realms, ou Grey Hawk, ou Dark Sun, ou, ou, ou... mesma mecânica, diferentes cenários)

Legend of the Five Rings (L5R) é um jogo que usa o sistema Roll&Keep (R&K) e o cenário de Rokugan.

Vários jogos da WhiteWolf (Vampiro, Lobisomem, etc) usam o sistema storyteller/storytelling e o cenário World of Darkness (WoD).

Não é incomum a empresa que desenvolveu um bom sistema utilizar o mesmo, ou versões dele, em diferentes jogos. E vale observar que em alguns casos o sistema e o jogo tem o mesmo nome, em outros o sistema nem mesmo é nomeado.

O cenário (setting) é o "lugar" onde se passa o jogo, ele também se relaciona a regras, de certa forma. Por exemplo, em L5R é uma regra social do cenário que as pessoas se cumprimentem curvando-se umas as outras no estilo oriental. Não existe mecânica de jogo nisso, isso não envolve dados, turnos ou magias. O cenário é o mundo do jogo, a ambientação da cena faz parte do cenário. A geografia do mundo, história, cultura, economia, sociedade, etc são parte do cenário.

Cenários próprios tendem, quando bem feitos, a serem bem ricos e possibilitarem uma boa experiencia de jogo por que é divertido explora-los e ninguém pode "onffar" lendo o livro antes. Antes de fazer um sistema vale a pena tentar montar um cenário, pode ser tudo o que você precisa na verdade, sem se aventurar nas mecânicas matemáticas dos sistemas.

O sistema (RPG system) é "a física que rege o mundo", é o que permite mensurar e deliberar características como força, velocidade, agilidade, dano, etc. Compreende os aspectos numéricos e estatísticos do jogo permitindo que a realidade do cenário seja simulada. O sistema ajuda a determinar quem é sucedido e quem fracassa.

O sistema afeta o cenário, e vice-versa, e ambos trabalham juntos para conferir o clima do jogo e a sensação que se tem ao jogar. Em geral é recomendavel ajustar a complexidade do sistema à complexidade do cenário mas, falaremos sobre isso depois :)

quarta-feira, novembro 13, 2013

Pensando Sistemas de RPG

Eu vejo muitos "sistemas próprios" rodando pelo mundo, devo admitir que já fiz alguns e já joguei, ainda que brevemente, vários.
A maioria, inclusive os meus, é sofrível. São adaptações de sistemas já existentes feitas por pessoas que desconhecem as bases sobre as quais esses sistemas foram construídos. Isso quando esses sistemas próprios não alcançam níveis impressionantes de incoerência matemática e o mestre te pede para rolar um teste no qual é impossível (realmente impossível) ser bem sucedido.

Eu vou (tentar) fazer uma série de posts a respeito disso, algo que eu espero que nos ajude a entender melhor o que estamos fazendo com nossos "sistemas próprios" e que nos ajude a atingirmos os objetivos que procuramos com esses sistemas. E por fim, eu não sou uma grande referência no assunto, discussões são muito bem vindas.

A primeira coisa importante é manter em mente que fazer um sistema não é uma coisa simples. Os bons títulos de RPG envolvem vários co-autores e longo período de produção. Se você fez o seu sistema em um fim de semana, lide com as chances (altas) dele ter erros e precisar de revisões.

Primeiro se concentre nas seguintes perguntas "O que ha de errado com os outros sistemas?" Por que eles não são suficientes para o seu jogo: Por que você precisa de um novo sistema? Sera que você já conheceu sistemas o suficiente?

Conhecer o terreno comum é importante, depois de grandes esforços de criatividade você não vai querer descobrir que "teve uma ideia repetida", ou pior ainda, que tudo isso que você produziu é igual a algum outro sistema já publicado.
Sim, sim, eu sei, regras de jogos não são patenteáveis, nem aqui no Brasil nem nos EUA, supostamente "não tem importância" ser igual. Novamente, se não tem importância ser igual apenas economize tempo e esforço e aproveite o que já existe, pule direto para a parte divertida que é jogar.

Além disso conhecer sistemas variados pode te dar alguns insights de como as coisas funcionam, do que funciona, o que não funciona e como melhorias podem ser alcançadas. Mestrar e jogar esses sistemas é muito importante, mais do que lê-los talvez, isso vai te dar um senso concreto e direções quanto a o que você quer simular no seu jogo, e todo jogo de RPG é uma simulação.


Creio que podemos dizer que existem três tipos de sistemas de RPG, vamos chamar por enquanto de "pesadamente regrados", "moderadamente regrados" e "levemente regrados".

O que é um jogo pesadamente regrado? Fácil, GURPS. Existem muitas regras, muitas minucias, e praticamente qualquer aspecto do jogo pode ser coberto por essas regras. Outro do mesmo gênero é o Hero System. Esses jogos costumam ser conhecidos, e criticados, pela matemática pesada envolvida principalmente na criação do personagem.

Um jogo moderadamente regrado; D&D. Ele oferece várias regras opcionais e etc, mas uma vez que o núcleo da mecanica é compreendido você esta bem, pode se virar sem livros. As regras se voltam a aspectos específicos da simulação, combate, magia. Aqui também vão jogos do sistema Storyteller, FATE e Pathfinder por exemplo.

E o que é um jogo levemente regrado? Jogos como Defensores de Toquio (1994) até a sua encarnação 3D&T (2001) - devo admitirque não conheço as subsequentes - seriam um bom exemplo. Algumas versões do TriStat, como a apresentada no "Fairy's Tale Deluxe", e o jogo Wushu do Daniel Bayn também são sistemas simples e rápidos de se dominar, com regras minimas e que alcançam seus objetivos.
Na minha opinião esses costumam ser os melhores jogos para se atrair novatos para o mundo do RPG (especialmente novatos com preguiça de pensar durante suas horas de lazer), com o tempo o interesse nas regras e na complexidade da simulação leva a maioria dos RPGistas às opções moderada ou pesada mas, existem bons jogos que são levemente regrados.

Obviamente cada um desses sistemas tem seu objetivo, Wushu quer chutes e movimentos cinematográficos, D&D quer dragões e combates épicos (desde que não sejam uma batalha campal :P ) enquanto os sistema genéricos como GURPS querem simular virtualmente qualquer coisa, super poderes, monstros abissais, naves espaciais e raios laser.

Se você nunca fez um jogo talvez uma boa sugestão seja começar pelos leves. Delineie o que é importante simular, defina a respeito do que é o seu jogo? Lutas de espada, futebol, romance, magia? Todas essas opções são validas e determinam diferentes áreas onde suas regras devem focar.
Se você quer um jogo mais narrativo ou um jogo mais matemáticamente formal, se vai focar na história e no drama ou vai focar na estratégia, tudo isso deve ser levado em consideração. Tanto o Wushu quanto 3D&T são jogos sobre combates, um favorece descrições aprofundadas enquanto o outro tem uma mecânica de ataque que vai ser sempre a mesma, não importando se o jogador disse "eu ataco" ou disse "movo-me o mais rápido que puder afastando os pés levemente firmando minha base enquanto cerro o punho e defiro um potente soco na altura das costelas do meu inimigo".
A forma como as regras são construídas influencia no resultado do jogo e se relaciona ao tipo de jogo e jeito de jogar. A grande maioria dos RPGs de mesa se baseia na rolagem de dados, mas evidentemente jogar D&D e jogar Vampiro (WoD) são experiencias bastante diferentes.

Em fim, falei genericamente misturando um bocado "jogo" com "sistema" mas, discutimos isso na próxima. Stay tuned ^_-

terça-feira, novembro 12, 2013

Asahina Yukihime

Mais um commission que deu super certo ^_^ Arte da Sarah, vocês podem conhecer mais procurando por Tea Fox Illustrations.



Também, uma arte um pouco anterior, da Anticia, foi o primeiro commission da Yukihime que eu fiz e é maravilhoso. ^^ Mais pode ser visto da galeria da PagodaComics.

Bem, ficar falando do próprio personagem é algo que eu evito fazer, embora as vezes seja difícil controlar. RPGista empolgado adora falar do próprio personagem >.o 

domingo, novembro 03, 2013

Dervish


Basicamente esse post existe por causa dessa imagem que eu achei aleatoriamente e, sabemos como é a internet; a gente acha coisas ao acaso, não intencionalmente. Então, se eu não linkar nunca mais eu acho. 
O fato é que a imagem me lembrou duas classes de D&D, Battle Dancer (Dragon Compendium, p.26), e o Dervish (Complete Warrior, p.25). São coisas que eu nunca joguei, e provavelmente nunca vou, embora me pareçam ter algum potencial.

quarta-feira, outubro 30, 2013

Language issues

Eu estou considerando passar a fazer postagens em inglês. Não se isso tem qualquer impacto, creio que pouquíssimas pessoas leiam esse blog em português, talvez essas mesmas pouquíssimas estejam igualmente aptas a ler em inglês. Não sei.

Evidentemente a minha, já limitada, capacidade expressiva ficaria um tanto comprometida em uma língua que não a minha primeira mas... Considero um treino?

Treinos com blog não funcionam, eu tentei lidar com uma meta de posts semanais, não fui capaz de cumprir-la.

Vai soar narcisista mas meu principal leitor sou eu mesma, é como se eu precisasse de ajuda para revisitar minhas próprias memórias. Ainda assim, eu poderia visita-las em inglês. 

A ideia de mudar tudo para inglês sugere a vaidade óbvia, eu gostaria de ser lida (as vezes).

E a dúvida persiste, como mais uma dessas barreiras que apenas diminuem o número de posts.

A outra barreira é curiosa, é justamente o meu receio em expor minhas próprias curiosidades. Imagina, que perigo, alguém saber o que eu penso? 

quinta-feira, outubro 17, 2013

The folk...

...the fay folk :)

Eu estou jogando com uma drow meio fada atualmente, bem, elfos descendem das fadas, supostamente então ela se considera fada o bastante sempre que necessário.

Eu queria falar sobre as fadas, mas a Nora Chesson já explicou tudo maravilhosamente no século XIX.

The Pixies


Have e’er you seen the Pixies, the fold not blest or banned?
They walk upon the waters; they sail upon the land,
They make the green grass greener where’er their footsteps fall,
The wildest hind in the forest comes at their call.
They steal from bolted linneys, they milk the key at grass,
The maids are kissed a-milking, and no one hears them pass.
They flit from byre to stable and ride unbroken foals,
They seek out human lovers to win them souls.

The Pixies know no sorrow, the Pixies feel no fear,
They take no care for harvest or seedtime of the year;
Age lays no finger on them, the reaper time goes by
The Pixies, they who change not, grow old or die.
The Pixies though they love us, behold us pass away,
And are not sad for flowers they gathered yesterday,
To-day has crimson foxglove.
If purple hose-in-hose withered last night
To-morrow will have its rose.

Eu, por outro lado, escrevi algo muito muito menos artistico, a respeito do encontro da minha fada com o Hoary Hunter :P

When winter and spring meets
Only we can devise 
I can smell the water
Flowing under a coat of ice
I can spot a flower
On a field of snowy whites
And on our dazzling skies
Dances the northern lights
When winter and spring greets 
These are the most bright nights
Only when winter and spring gathers
We share those beautiful sights
And as seasons goes by
I wait for that one twilight
When having you by my side
We make such winter-spring finds

segunda-feira, setembro 16, 2013

Commission: Uma história de sucesso

Eu disse que eu teria uma boa história sobre commissions para postar em breve, não disse? Então vou começar com a belissíma imagem feita pela Anticia, PagodaComics. Essa é minha personagem de Legend of the Five Rings, Asahina Yukihime, e a primeira coisa que tem que ser dita é que a imagem transmite muito bem o que eu tenho em mente sobre a personalidade e comportamento dessa personagem.


Esse é meu terceiro commission com a Anticia e trabalhar com ela tem sido a perfeição, tanto pelo processo de produção quando pela pesquisa cuidadosa que ela faz, aliada ao nível de abertura para discutir detalhes. 
Sobre essa imagem por exemplo, é uma cena de inverno, a ilha em forma de tartaruga é tipicamente japonesa e esta desenhada de forma extremamente acurada. A tartaruga é o animal guardião do inverno de acordo com a mitologia chinesa. A ilustração representa a direção norte, ou seja, você esta olhando em direção ao norte, durante o crepusculo do amanhecer, o sol e a iluminação estão corretamente colocados a leste. As garças são o animal que representa o clã da Yukihime e são também comuns no inverno. O "vestido" dela eh um junihitoe, decorado com pinheiro nevados e algumas flores de ameixa, elementos bem tradicionais. A cena foi construída para L5R com base em inúmeras influencias orientais e na informação do cenário de Rokugan. Tudo esta simbólicamente perfeito, todos os detalhes que eu pensei foram olhados com cuidado e muitos detalhes que eu nem pensei foram abordados pela Anticia. Uma verdadeira obra de arte.
Quem quiser ver o processo de finalização e colorização pode dar uma olhada no playground dela, é só clickar, e se maravilhar.

Outra parte muito legal de trabalhar com ela é a disposição, uma vez feito o pedido ela esboça dois ou três rascunhos apresentando as idéias e deixa o cliente escolher em cima de qual vão trabalhar. 




Essas foram as que ela me apresentou para o meu segundo commission. Foi difícil escolher, mas acabamos trabalhando na ultima, que resultou no meu atual fundo de tela:


Do esboço para o final vários ajustes foram feitos, as garças por exemplo foram trocadas por carpas, especialmente por que os icones cobriam as garças e deixam o desenho estranho, além disso as garças roubavam muito a atenção da cena, deixando a personagem distante em segundo plano. Todos os detalhes foram pensados e discutidos com atenção. Em fim, totalmente vale o investimento!

terça-feira, agosto 20, 2013

Reaper Miniatures Bones

CHEGARAM!!!!

Na verdade chegaram na semana passada, dia 14 de agosto :)
Vou começar a história do começo para todos. Em agosto de 2012 me apresentaram a proposta do financiamento coletivo para essas miniaturas. Eu achei interessante, tanto a idéia de financiamento coletivo quanto as miniaturas e decidi participar. Me juntei ao projeto Reaper Miniatures Bones: An Evolution of Gaming Miniatures no dia 23 de agosto de 2012.

No dia 25 o financiamente foi encerrado, sucesso. Na verdade um dos mais bem sucedidos projetos de games do kickstarter até então, reuniram US$3.429.235,00 muito mais que os US$30.000.00 necessários para viabilizar o projeto.


As miniaturas deviam ter sido enviadas em março e abril, naturalmente tudo se atrasou, ainda mais com o tamanho do projeto, que nitidamente cresceu alem do esperado. De qualquer forma, quase um ano depois e mais de 100 e-mails depois, aqui estão elas. Quase 200 miniaturas!


O pessoal da Reaper foi muito legal, o tempo todo. Totalmente atenciosos com os e-mails que eu enviei. Além disso os updates ao longo do processo de produção das peças foram divertidissímos de acompanhar.

Sophie nas ultimas horas de arrecadação.
Eu estava exatamente assim.
Quando abri a caixa eu soube que eu jamais vou pintar todas essas miniaturas, na verdade é bem provavel que eu venda uma parte. Participei para ajudar, adorei acompanhar o processo, vibrei e torci com eles nos dois ultimos dias de arrecadação vendo os números crescerem, mas o negócio de pintar talves não seja para mim.

Ainda assim, as figuras são ótimas, bonitas, bem detalhadas. Um amigo recebeu as dele uma semana antes de mim. Quando conversamos ele me disse que ainda não tinha visto todas. Eu fiquei embasbacada; "como assim ainda não viu todas?". Agora que recebi as minhas entendo perfeitamente, também ainda não vi todas. São muitas!


Lógico, como isso é o Brasil eu acabei gastando mais em imposto do que no produto em si. As miniaturas foram US$100. Por sorte pagos quando o dolar estava menos de 2 reais. Ai vem a maravilha, R$137,73 em impostos federais, incidindo sobre uma cotação de dolar a R$2,29. Como se isso não fosse o bastante, essa é a primeira encomenda que recebo em SC, e ela veio com uma novidade. SC, assim como RS e RJ, são os unicos três estados brasileiros que cobram ICMS sobre encomendar internacionais, ou seja, mais R$75,23. Ou seja, praticamente R$213 em impostos sobre um produto que eu na verdade paguei cerca de R$180!!! Totalmente revoltante!

Ainda assim, mesmo que eu assuma que cada miniatura custou R$4,00 é um preço aceitável, ou ao menos espero que muita gente considere aceitável por que acredito que acabarei vendendo a caixa toda :P
Os elementais e fantasmas são muito legais, para ficar melho só se brilhassem no escuro. As peças maiores impressionam pelos detalhes.

Bem, que venham os próximos projetos no kickstarter e cartase, financiamento coletivo é muito legal! Esse projeto em particular foi muito bem organizado e conduzido, mesmo se eu acabar não ficando com as miniaturas valeu a experiência de parcipar, curti muito!

sábado, agosto 17, 2013

Coruja da Terra

Cuidado Coruja!

Passeando pelo bairro vejo esse aviso. Uma fita zebrada isola parte de um terreno onde esta o buraco das corujinhas. Bem legal, né? :)

Caminhando mais, na mesma rua, encontramos outros terrenos habitados pelas corujas, nem todas tem a mesma sorte. Alguns buracos foram fechados com lixo, papelão e garrafas. Não dá para evitar de se perguntar; por que fazer essa maldade com o bichinho?

Eu conheço essas aves como corujas da terra (Athene cunicularia), mas parece que em boa parte do Brasil elas são chamadas de coruja-boraqueira, justamente por viverem em buracos no chão, que elas podem cavar sozinhas, mas não se importam de aproveitar os deixados por outros animais.


Aqui onde estou morando tem várias delas, é legal observa-las ao longo do ano. Elas são corujas monógamas de residência permanente :P Entre março e maio podiamos ver os filhotinhos na estrada das tocas mas eu não pude tirar fotos na ocasião.





Elas são diurnas e evitam atividade nos momentos mais quentes do dia, eu também evito então sempre que caminho encontro alguma :P 








Dá para chegar a uns três ou quatro metros delas sem que elas disparem voando normalmente, mas não gosto de incomodar os bichos então só me aproximo o quanto o zoom da maquina fotográfica permite. 

E ai, quantas corujas nessa ultima foto? :P

sexta-feira, agosto 16, 2013

Commission

Eu não sei desenhar. É, é duro admitir, é triste começar um post assim mas, o fato é simples, eu não sei. Além de não saber não tenho a dsiciplina para aprender. Mesmo assim eu gosto muito de desenhos, pricipalmente, eu gosto de RPG e gosto de ter meus personagens desenhados. Tem que ser os meus mesmo, não pegar imagens da internet.

Para conseguir isso o jeito é encomendar desenhos com os artista que se dispõe a faze-los. São os tais commissions que eu simplesmente não sei traduzir.
Eu tive uma onda de azar com isso nas minhas primeiras tentativas. Uma pessoa pegou meu dinheiro e sumiu. Outra, com a qual eu troquei pôneis por arte, me mandou um trabalho horrível e não finalizado. Em 2009 tive um pouco mais de sorte trabalhando com a Hazel e a Olga, duas pessoas muito legais que fizeram desenhos lindos ^_^ Recomendo ambas.
Logo depois a maré de azar foi forte, e minha ousadia não ajudou, perdi uns US$100, parte em dinheiro e parte em pôneis. Uma parcela pequena para arte que nunca foi entregue e a maior parte para resultados realmente desastrozos. Na época o desgosto foi tanto que não guardei o resultado nem para "refêrencias futuras", havia decidido parar com isso.

Perdi dinheiro mas, a gente não aprende, né? Recentemente me animei com um jogo de Legend of the Five Rings e, pronto, precisava de um desenho do personagem. Sai revirando o DeviantArt, eu queria achar alguem disposto a trabalhar por um precinho em conta, já estava preparada para perder dinheiro de novo. Felizmente me falaram da Chairim, que na ocasião estava com uma promoção do seus fofissímos chibis. Para testar, pedi uns chibis.
Asahina Yukihime
by Chairim

Minha felicidade foi completa. Foi super divertido trabalhar com ela. Se interessou pelos personagens, me mostrou os rascunhos e algumas etapas do trabalho e, mais do que isso, me deu animo para continuar encomendando desenhos :)

Bem, a história continua de forma satisfatória graças, de novo, a participação da Hazel e Olga e eu fui aos poucos criando coragem para voltar a tentar algo novo.
Finalmente encontrei a Anticia no Etsy, por acaso, ao procurar por Ame-no-Uzume achei a arte dela. Juntei coragem, mandei um e-mail, a conversa foi amigavel e chegamos um preço que, apesar de meio alto, me permitiu arriscar.
Essa é a experiência definitiva com commission. Nunca fiquei tão satisfeita, nunca fui tão bem atendida. Eu vou fazer um post apenas sobre isso em breve, estamos trabalhando em um "projetinho" que vai valer a espera :P

Mas esse post infelizmente, é sobre algo que não deu certo, de novo. Um colega de jogo me recomendou a artistaç NarutoLover6219. Você deve imaginar quão boa foi a nossa comunicação, eu nem sei o nome dela. Ela respondeu a minha primeira mensagem dia 20 de janeiro, e eu recebi a minha arte ONTEM. Normalmente não ligo de esperar, mas ela mesmo me havia dito que demoraria cerca de 10 dias, isso de eu ter explicado o que queria e de ela ter confirmado que poderia fazer.

No, not my character unfortunately, this is Kitsu Fuuka, SparrowBushi's OC
Art by NarutoLover
Bem, esse foi o desenho que eu tive como refêrencia e recomendação do trabalho dela. Quando acertamos o commission eu expliquei o que queria e pedi que ela me mandasse os rascunhos, assim poderiamos discutir e alterar antes dela finalizar tudo (e ter trabalho extra caso modificações fossem necessárias). Paguei dia 23 de janeiro e fiquei de molho por meses, no dia 26 de abril ela me manda:

 
Heim? Oi?
Eu fiquei meio desapontada, em parte por isso não parece rem nada as refêrencias que eu mandei. Eu mandei imagens de kimonos, de wagasa (a sombrinha), outras ilustrações da personagem, descrição. Não fui exaustiva, sei que ficar lendo sobre personagens dos outros, ainda mais quando não interessam, é um saco, mas... caramba. Sério, alguem sai por a roupa combinando com o guarda-chuva?

Felizmente antes mesmo que eu pudesse dizer algo outras pessoas comentaram as questões de anatomia e a "esquisitice" da pose. Ela se esforçou na pintura, é nitido, mas o resultado como um todo não me pareceu comparável ao resto da arte dela, ainda mais considerando todo o tempo que ela teve. Juntei toda a minha coragem e escrevi perguntando se não seria possível refazer. E comentando que eu gostaria de ver os sketches antes, assim não teriamos esse problema novamente. Ela poderia ter mudado ainda no rascunho, antes de finalizar e colorir. Em questão de horas eu recebi:


Eu sei que eu gosto de rascunhos, mas, convenhamos, não é só o meu gosto, né? Esses não estão muito melhores?

Como ela pareceu meio chateada eu disse que não recisaria fazer um background, não queria dar um monte de trabalho extra para a garota afinal de contas. Conversamos um pouco e eu disse que gostaria da imagem da direita.

De lá para cá foram algumas mensagens sem resposta e mais alguns meses de espera. Então recebi a versão final:
Arte por NarutoLover6219
  

Tem algo de legal, mas tem muito de esquisito também. Definitivamente não é a minha personagem, sei lá, não tem a mesma alma ou personalidade. Ainda tem coisas que me incomodam na anatomia super magra, não sei definir o que é. Acho que nós duas nos incomodamos um bocado por um resultado que acabou não agradando muito nenhuma de nós. Vale como exercicío.

Por fim, eu também tinha pedido uns chibis (ela estava com vagas extra para chibis por causa dos livros da faculdade ou algo assim, então pedi chibis também). Novamente eu não pude ver o rascunho, se tivesse teria pedido algumas alterações leves e arrumado o kimono de morto do pobre Hiromitsu. Mas, chibis são sempre chibis, então até é cute, olha só:

sábado, agosto 10, 2013

Mestrando/Narrando RPG


Estava conversando com o Gustavo sobre as expectativas que criamos ao jogar ou mestrar um jogo de RPG. Sobre as coisas que esperamos alcançar com a história, infelizmente, normalmente, os players tem pouca paciência com os eventos, e os mesmos acabam não se desenrolando tão naturalmente quanto esperado.

Em fim, o Gustavo é um mestre muito mais experiente do que eu, e para ele o sentimento de mestrar é algo como:


PS: Sábado, eu bebi umas caipirinhas e mesmo assim acho que consegui digitar isso tudo corretamente e sem auxílio. o.o Bem impressionante.

segunda-feira, julho 22, 2013

Border Collie

Se você gostaria de ter um border pense que isso:


Faz isso:


E eu nem tirei foto dos buracos que ele abriu no gesso :P

Border Collie é muito agitado mas maravilhoso, bem, na verdade todos os cachorros são ótimos ^^ Amo muito.

segunda-feira, julho 01, 2013

Minha vida no RRPG 1 :P

[21:06] <Alguem> Me conta algo ai.
[21:06] <Alguem> Só uma pergunta, tu é garota?
[21:06] <Eu> Da ultima vez q eu verifiquei eu era :P
[21:06] <Alguem> O.o
[21:07] <Eu> Nunca se sabe quando vc vai ganhar um item cursed >.o
[21:08] <Eu> Ok, tou fazendo referencias obscuras. Sim, eu sou uma garota.
[21:08] <Alguem> uahsuahsuahsuahsa
[21:08] <Alguem> Bem...
[21:08] <Alguem> acho que volto mais tarde.

Certas coisas não mudam na internet. :P Isso ai me lembra o mIRC.

terça-feira, junho 18, 2013

A Realidade Fantástica de uma Feminista

Esse é um post baseado em fatos reais. Ele é fantástico de duas formas, uma subjetiva que é totalmente atribuída a mim, a autora, tentando transformar um log chato em algo mais agradável de ser lido. Outra, mais objetiva, advem da realidade da minha interlocutora.

Tudo isso aconteceu a pouco mais de dois meses. Eu, para quem ainda não sabe, adoro RPG (Role Playing Game) e outros jogos do genero e costumo jogar online com outras pessoas. Geralmetne são jogos de texto, que lembram muito um bate-papo. E é assim que começa a nossa história.

São umas 19h e eu conecto no RRPG, mesmo antes de entrar em qualquer sala me aparece um narrador de uma mesa na qual eu havia jogado umas três sessões recentemente. Na primeira eu morri, fiz um novo personagem e joguei outras duas. Esse narrador, meio sem jeito, sugere que eu mude de personagem. Achei estranho, perguntei por que e depois de muita conversa veio a resposta clara até, algo como "as meninas estão ofendidas com a sua personagem".

Fiquei surpresa. "As meninas" são duas jogadoras que estão no grupo a bem mais tempo que eu, que era na ocasião a novata da vez. Na verdade a morte do meu primeiro personagem tinha sido justamente causada por uma dessas jogadoras, e por muita sorte nos dados, já que outro player tentou impedi-la.

Você deve estar se perguntado "Raposa, mas do que raios você estava jogando?" E a resposta assombrosa é "de pessoa normal", ou, ao menos de algo que se encaixaria no meu conceito de pessoa normal. Personagem feminina, adolescente, era um jogo de colegial, timida, introspectiva, estudiosa. Uma garota com pai, mãe e irmãos (bem, em uma mesa onde todos os outros eram orfãos vindos de abusos horriveis, talves eu não fosse tão normal), nenhuma habilidade marcial e poderes bem especificos, mais ligados a arte, em especial de animar origamis e magias de cura.

O segundo personagem seguia o mesmo estilo, um pouco menos timido, até para integrar mais rápido no grupo, um pouco mais falante do que eu gostaria mas, ainda assim, alguem que vai na escola para estudar, tem família, etc, com poderes totalmente suporter, como o de de diminuir o fluxo do tempo (ainda não podia parar o tempo totalmente), mas algo que só favorecia o grupo mesmo, por que eu tinha que ficar parada concentrando enquanto eles podiam agir em bullet time.

Todo mundo bem vestido e até então sem interesses românticos. Qual a grande ofensa nisso?

Bem, vamos  falar um pouco dos outros personagens, três deles eram lobisomens. Uma lobisomem com ares de Clawdeen foi a que me matou, forte, decidida, furiosa. Só queria saber das aulas de artes marciais e das festas. Parte disso era bem estimulado pelo mestre, claro, o cara quer mestrar um jogo de colegial mas não quer mestrar aulas, doh, seria chato mesmo mas... qual o sentido de colegial sem aulas?

A outra lobisomen não era muito diferente, loira de cabelo preso, forte, um pouco mais insegura que a primeira, lutava em forma de lobo e tinha uns poderes de vento. Outro lobisomem era um garoto que vivia fumando e bebendo (aparentemente isso é permitido da escola desse mestre) e o ultimo personagem era um meio demônio recem chegado do Japão, especialista em kendo. Moto e katana, todo jogo moderno precisa de alguem com uma moto e uma katana.

Eu, ousadamente, suponho ser a jogadora mais velha da mesa, mas posso estar errada. O jogo era em um sistema próprio do mestre, sistema no qual eu via alguns problemas mas isso nunca me impediu de jogar antes. Mesmo quando eu sofro traumas terríveis eu acho que jogar com grupos diferentes mantem a mente flexivel e no minimo me da algum XP :P

Voltando ao assunto o mestre sugere que eu fale com as jogadoras, e é o que eu faço.

Descubro que a minha personagem é ofensiva por que ela "é fraca". Eu já vi players se desentenderem  quando dois personagens tem especialidades muito parecidas e nenhum deles consegue aparecer o suficiente no jogo, mas essa situação que me apresentavam era totalmente nova e inesperada. Pedi esclarecimentos.

"Nós vivemos num tempo de luta pelos direitos das mulheres e você faz um personagem retrogrado e fraco. Eu te matei no primeiro jogo e você não pode se defender nem com ajuda do Tsune. Personagens assim são um escárnio do que as mulheres deveriam ser."

Na verdade eu não tentei me defender. Tinha um monstro enorme na minha frente e tudo que eu poderia fazer era curar o grupo, que ainda nem havia se ferido por que na primeira rodada do combate a tal lobisomem decidiu me atacar em vez de atacar o monstro.

(Off: Imaginem isso em termos de D&D, rola iniciativa e o guerreiro ataca o clérigo. WTH?!)

Até o mestre ficou surpreso, ela me batia, eu me curava, o tal Tsune tentava parar ela, o monstrou ficou olhando, o resto do grupo ficou olhando, turnos e turnos depois eu morri.

De qualquer forma eu ter precisado e aceitado ajuda era ofensivo, não deveriam mais existir personagens femininos assim. Os personagens femininos tem quer mais "prafentex". Poderosos, ousados, decididos, seguros de sí. Segundo o argumento dela, mulher que aceita ou precisa de ajuda ofende (a capacidade?)  outras mulheres.
Sério que o feminismo realmente quer que o mundo caminhe para esse nível de invidualismo e apatia?

Eu disse que não concordava com isso, que as pessoas no mundo real não são sempre assim. Ela me explicou que as mulheres não são todas assim por que são reprimidas pelo machismo, e se eu acho certo fazer personagens como as que eu fiz eu sou machista.

Embora eu não me ache feminista (eu gostaria que houvesse um termo mais adequado para uma equidade de genero) nesse momento eu tive que dizer que de certa forma eu era feminista, feminista por que eu acho que a mulher tem que ter o direito de votar, trabalhar, ser remunerada, ir a escola, cuidar dos filhos, ter poderes, salvar o mundo, ou não, sem ter que se comportar exatamente como um homem se comporta para isso. É razoavel que elas possam fazer todas essas coisas e outras, dedicando-lhes qualquer combinação de tempo, sem ter de fazer isso como os homens fazem.

Machista (como se isso fosse alguma ofensa, não acho que seja também) é ela; jogando de "lobisomem" e não de "lobismina" ou sei lá. Dar um lugar justo para a mulher é totalmente diferente de colocar a mulher no mesmo lugar do homem.
O feminismo, para muitas pessoas, parece se focar em igualar a mulher ao homem. Quase como se fossem (ou pudessem vir a ser) a  mesma coisa. E tem gente que quer a toda custa fazer isso mesmo que o processo signifique desprover a mulher de qualquer feminilidade. Qual liberdade você esta dando a uma pessoa ao impedir ela de ser o que é?

A conversa se perdeu em ma mistura de argumentos, falacias e calunias depois disso, visto que "machista" provavelmente foi a pior coisa que eu podia ter dito para ela. Eu, e meu personagem ofensivo, nos retiramos do jogo. Eu não gosto de jogar de DPS selvagem e não vou me forçar a faze-lo só por que outra jogadora acha que o mundo devia ser dominado por amazonas malucas e reinado pela Xena.

Vai saber...

segunda-feira, junho 03, 2013

Toy Review: Sweet Slumbers Set com Applejack & Star Dreams

Quanto eu peguei a caixa na mão eu comecei a me perguntar "Por que será que chamam o set de Sweet Slumbers Set se isso não esta escrito em lugar nenhum?". Como sempre, as caixas dos lançamentos Norte-Americanos são diferenciadas das internacionais, e eu descobri então que a minha versão é a internacional, o que fica bem óbvio no verso da caixa :P Nas embalagens distribuídas nos EUA vem escrito "Sweet Slumbers Set".
  


A caixinha é muito simpática, tem uma alça - resistente até, embora feita de papelão - que permite carregar o set como uma maletinha. A caixa não vem embala em durex \o/ Cortando ou arrancando apenas três pedacinhos de fita é possivel abrir a caixinha sem estragar nada. O fundo com ilustração de quarto combina com o set, apesar do chão verde lembrar grama. Acho que nunca vi um quarto com chão verde >.o

Os acessórios são em sua maioria aproveitados de lançamentos G3. Pecinhas de plástico reutilizadas infinitamente pela Hasbro. A mesinha é de papel, o que eu acho meio vergonhoso, e mesmo a mesinha de papel é aproveitada de um set anterior. Aliás a Hasbro anda tão econômica que a linha nova vem com mais acessórios (mascaras) de papel. Por outro lado, as pantufas merecem destaque entre os acessórios do conjunto.


Elas vem em duas peças ao invés de quatro, ficam bem presas as patas dos pôneis (eu detesto sapatinho que fica caindo e pedindo para ser perdido) e até que são bem bonitinhas. Especialmente bonitinhas se comparadas ao restante sem graça dos acessórios. Além das pantufas temos uma tigela de pipoca (com bastante manteiga pela cor), uma caixa de pizza com uma pizza dentro :P , um urso de pelucia (de plástico), uma TV passando MLP, a infame mesinha de papel que finge ser de madeira e a caminha na qual nenhum pônei cabe deitado (meus pôneis dormiam deitados quando eu era criança, eu suponho que deixar um pônei em pé na cama seja estranho para as crianças de hoje em dia também). De qualquer forma, dá para brincar e se divertir com o conjunto embora nitidamente não seja material para colecionador.


Esse conjunto esta ganhando o review por cauda da Star Dreams, a quarta filhote lançada é relativamente incomum entre os colecionadores, um pouco rara e consequentemente um pouco cara. Claro, no Brasil tudo é caro de qualquer forma, até os pôneis mais comuns, infelizmente :( mas para compensar tivemos a Star Dreams nas prateleiras das nossas lojas por um tempão. E põe tempão nisso, com esse preço nada vende >.o O set que custava em média US$12.99 nos EUA é encontrado por cerda de R$49,99 no Brasil.

A Star Dreams é realmente uma gracinha. Era um pônei que eu não planejava ter mas que adorei assim que peguei com as minhas próprias mãos. Como é comum a cor da cabeça e do corpo diferem levemente, mas não é nada gritante, a situação da Applejack que veio no set é bem pior quanto a isso.



O cabelo de ambos os pôneis veio macio e bem colado, firme e alinhado. O cabelo da Applejack é um pouco mais claro do que nas versões que vi anteriormente. O cabelo da Star Dreams me lembrou a Celestia, pena que não tenho uma Celestia rosa aqui para tirar foto junto, então vou emprestar as fotos PyroDarkness.



Por um tempo eu achei que a Star Dreams era apenas um factory error da Sweetie Belle, não é o caso. Olha elas ai.



A sujeirinha que veio na Applejack saiu facilmente assim que a Rarity, que fica muito melhor de pantufas do que a Applejack, veio visitar.