sexta-feira, dezembro 20, 2013

Deluxe Fluttershy - Equestria Girl

Vamos falar das Equestria Girls... bem brevemente, não tem muito o que dizer na verdade. Ah sim, e o principal motivo da breviedade é que existe um post excelente sobre a Deluxe Rainbow Dash bem aqui

Evidentemente elas foram produzidas para competir com as Monster High por pais desavisados e compradores desatentos, e até por isso parecem ter sido planejadas para custar um pouco menos. Custar aquela diferença decisiva a menos. Eu nem posso dizer que deu errado, tanto deu certo que aqui estou eu; não tão orgulhosa dona de uma Equestria Girl (Deluxe) Fluttershy. Eu ainda não consegui achar o "Deluxe" escrito em lugar nenhum da caixa, se eu tivesse pedido esse item para os meus pais e não para outra colecionadora profissional com certeza eu receberia o presente errado.


O cabelo foi a primeira coisa a me chamar atenção, ele é suficientemente farto para esconder bem a cabeça amarela da boneca, é bem colocado ao redor das orelhas e no contorno do rosto mas os plugs são bem mais espaçados na cabeça. O cabelo vai mais ou menos ate o joelho da boneca com uma mecha mais longa que chega no pé. As pontas não são perfeitamente cortadas e parece uma questão de tempo para darem uma ressecadinha mas nem de longe é o pior kanekalon que eu já vi, na verdade ele é macio, sedoso e gostoso de pentear (ao menos por enquanto).
As articulações são bem restritivas :( Ombros, cotovelos, quadril e joelhos apenas. Também não são do melhor tipo e permitem poses limitadas, algumas delas meio esquisitas :P

As roupas me chamaram atenção, bem feitas, sem pontos soltos, o vestidinho verde é uma graça, tecido bom, estampa bem colocada. O molde das botas é bem detalhado e a pintura veio impressionantemente bem feita para o que eu estou acostumada nos acessórios. Bem legal.

Uma pena as asas serem dessa cor roxa totalmente nada ha ver. Na internet vi algumas com asas amarelas ou azuis mas nunca vi essas cores alternativas em lojas.

Mas, vamos para a parte que todos esperam, como é a Fluttershy nua? =o.o=

  

 Não tenho muito o que dizer sobre a caixa, ela faz o que tem que fazer sem ser particularmente interessante ou chamativa. Ela não se autodestrói duranta o processo de desembalar a boneca mas se você decidir soltar os acessórios do backcard vai ser realmente chato coloca-los de volta. Eu não tirei todos os meus.

Bem, vocês não imaginam o tamanha da minha frustração ao descobrir que a boneca não tinha pé! Que maldade fazer isso com o brinquedo! Ela não vai na praia, não anda descalça, não usa sandálias. Sério Hasbro?! Por que?
Eu entendo que o pé não entraria na giga bota, mas eu preferia uma boneca com pé e outro sapato. Ou ao menos mandem junto um baratíssimo pé anexável pra eu colocar nela quando tirar as botas. Repirei fundo, mas foi difícil me recuperar desse baque. 

A segunda coisa odiosa (que até saber sobre o pé eu achei que seria a primeira) é o top moldado no corpo. Até a folga do tecido veio moldada. Pra que isso? Eu ia me aprofundar na discussão sobre como seios (de boneca ainda por cima) são super perigosos e uma ameaça a sociedade. Tão perigosos que as bonecas tem que vir com roupas irremovíveis para que os seios nunca fiquem expostos. Bem, sociedade, as menininhas de 5+ anos que terão esses brinquedos eventualmente, se deus quiser (né?) vão crescer, ganhar corpo e ter seios... eu acho. Se nada mudou no mundo acho que vão. E... bem, eu não vou falar sobre isso... agora. Voltando a Fluttershy, ela tem um quadril feio, as pernas se conectam na virilha pessimamente, não daria pra colocar uma calcinha na boneca sem enroscar na articulação, a sim, ela também vem com uma calcinha moldada, chorem Bronies! :P Eu ia falar do tigh gap também mas... Os olhos e os lábios são bem pintados e ela até para em pé sozinha \o/ desde que esteja calçada.

Bem, a boneca é aceitável pelos R$45 (U$20) que ela custa nos EUA, ela definitivamente não vale os R$129 (U$55) pelos quais é vendida no Brasil, infelizmente.



quarta-feira, dezembro 04, 2013

"Cultura da Vítima"

Sabe, eu sinto falta de lidar com as crianças, elas não se deixam enganar por certezas, tem a flexibilidade pra mudar e pra conviver com as diferenças (sem que entende-las seja realmente importante). Eu tento rever o que eu penso o quanto posso, a cada post ou comentario que leio. E eu me vejo caindo no tal efeito vareta, puxando radicalmente para o lado oposto de cada coisa da qual discordo. Não quero ser assim... mas é difícil.

Em fim, aos poucos vou desistindo de falar com as pessoas e de comentar o que elas escrevem, embora eu saiba que no fundo a maioria delas esta "morrendo" por um comentário, qualquer comentário que seja, algo que as faça sentir que foram vistas e lidas. E eu estou aqui postando no blog "invisível" enquanto isso.

Hoje li um texto interessante sobre a cultura da vítima, ser vítima é um papel que o individuo escolhe representar em maior ou menor grau. Eu não estou dizendo que não existem vítimas ou que a violência é fake, nada disso. Eu estou dizendo que existe a postura de vítima, o lugar social de vitima e esse é um lugar no qual as pessoas podem ser colocadas contra sua vontade e ali decidirirem ficar por mais ou menos tempo, mas também é um lugar onde muitos se sentem confortaveis e se enfiam sozinhos.

Por fim, li a noticias das feministas que atacaram religiosos em Buenos Aires. Tem vários relatos históricos e estudos psicológicoss (que eu vou falhar em referenciar aqui, sinto muito) que mostram que muitas vezes quando um grupo oprimido ganha poder ele comete atrocidades ainda maiores que seus opressores. E vamos vivendo em uma situação de medo e insegurança onde “a expectativa do perigo iminente faz com que as vítimas potenciais aceitem facilmente a sugestão ou prática da punição ou do extermínio preventivo dos supostos agressores potenciais” (COSTA, 1993, p.85), mas quando 70% da população é essa vítima potencial estaremos constantemente punindo supostos agressores e gerando mais violência e mais medo, infinitamente.

Por um lado, o lado extremo da vara, eu imediatamente penso "nada como uma boa opressão", queira ou não a opressão/repressão impede as pessaos de cometerem muitos enganos e até atrocidades. Mulheres oprimidas não iam sair pichando, batendo e cuspindo em pessoas que estão só rezando, certo? Convenhamos, é um comportamendo vergonhoso e se fossem crianças diriamos "que feio isso".
É o medo de ser pego (seja por deus, seja pela policia, seja pelo que for) que impede muita gente de roubar ou fazer pior, evidentemente existem as pessoas que são naturalmente valorosas e não roubam ou matam por principio, lindo, mas para muitas outras existem regras. Para a criança mal criada existe a bronca (repressão) e o castigo (opressão) e isso impede que ela faça feio ou cause problemas para si e para os demais. Vai-se soltando a criança aos poucos, não se substitui regras rigidas por abitrariedade absoluta do dia para a noite, por mais que a criança esperneie. Nossas "vitmas" estão esperneando, tem motivo em muitos aspectos. É duro para os pais admitir, e dificil enxergar, mas as vezes os filhos tem razão, ainda assim a mudança tem que ser gradual e pacifica.

Claro, como eu disse, a vareta, o momento em que eu defendo a opressão diante do comportamento, aos meus olhos descabido, dos oprimidos. Ideal mesmo seria todos nos comportarmos com moderação, não agredirmos os outros, aceitarmos que diferenças podem conviver e que na verdade essas diferenças tornam o mundo interessante. 

Ainda vai demorar para a vareta parar de oscilar, e vamos viver extremos por um bom tempo por que o nobre caminho óctuplo não é nada fácil de se encontrar. 

Vivemos em sociedade e estaremos sempre sujeitos à regras, a única liberdade real e irrestrita esta no pensamento e na imaginação, e mesmo aí existem regras.


COSTAJurandir Freire.O Medo SocialVeja 25 anos - Reflexões para o futuro. São Paulo: Editora Abril, pp. 83-89, 1993.