sábado, março 30, 2013

Toy Review: MLP Wedding Castle


Eu demorei para sempre para fazer esse review. Tirei as fotos em três ocasiões diferentes, com meses entre elas. Hoje finalmente eu consegui tempo e consegui também ter o castelo em mãos novamente. Eu gosto de fazer o review com o brinquedo em mãos para verificar os detalhes.


A caixa é bonita, relativamente atrativa, o casal real fica visível e elegante no canto superior direito. A arte da embalagem não é a melhor arte que o MLP já viu mas, é suficiente e original, não mais um recolor como nas caixas de unidades avulsas. Pegar a embalagem nas mãos já deixa claro que o castelo não impressiona, a caixa é leve e pequena comparada a todos os outros playsets e casas que foram lançados nas gerações anteriores. O verso tem a foto do brinquedo montado. Abre-se a caixa pela lateral e puxando o interior para fora temos:
 

O castelo desmontado, separado em alguns pacotes que abertos fazem uma agradável baguncinha. Montar não é exatamente difícil, recomenda-se o auxílio de um adulto mas colocar a "casa em ordem" faz parte da diversão, eu acho. Algumas coisas, como os corrimãos, são até divertidas de montar. 

 

Se tudo for intuitivo para você; ótimo! Se não for, boa sorte com o manual de instruções, ele vem com desenhos passo a passo e sem instruções escritas. Mas montar o castelo é o de menos, com mai jeitinho do que força tudo se ajeita de forma a ficar bem encaixado e firme até. Com muito cuidado é possível desmontar para devolver tudo na caixa. Eu particularmente não empurrei algumas peças até o final porreceio de não conseguir solta-las depois, e eu preciava devolver o meu catelo na caixa.


O castelo vem com alguns acessórios mínimos, um bolo de casamento em uma mesinha totalmente desproporcional ao castelo, as alianças dos noivos, um piano, um bule e duas xicaras (isso deve ter alguma relação com casamento).
Depois disso (ou antes, depende da ordem que sua empolgação te levar) vem o verdadeiro inferno. Colar os adesivo >.< Eu fiquei um tempão tentando encaixa-los perfeitamente nos sulcos deixados para eles nas peças. Não é fácil.

O primeiro sticker eu demorei uns 15 minutos para colar, mirei na perfeição e cada vez que dava errado eu tirava e começava de novo. Quase estraguei a cola, acabei desistindo e colando de qualquer jeito :P Com os outros tive bem menos paciência. Aparentemente existe uma questão de prática envolvida, existem quatro bandeiras para serem coladas, a quarta saiu muito boa :P
O grande problema são os adesivos de decoração, esses de flores e tecidos que ficam no canto inferior esquerdo da folha de adesivos. Eles são bem delicados, como são bem estreitos em algumas partes são mais frágeis e às vezes parece que vão rasgar. Acertar eles com perfeição no espaço deles também não é uma sorte que se tem todo dia.


Eu particularmente gosto do detalhe do balanço, embora preferisse que não fosse roxo, talvez um rosa de algum tom que ficasse entre o telhado e a paredes fosse bom, ou um dourado. Ainda assim acho que o balanço tem um charme especial :)
Nao posso deixar de me perguntar o que é esse lustre? O item praticamente não aparece quando olha-se o castelo de frente e, dentre todos os acessórios possíveis, um lustre?


O castelo parece mais um display bonito do que um brinquedo exatamente, a escada é ótima para colocar os brushables. O fato da princesa Celestia não caber direito no playset me incomoda MUITO, ela nitidamente tem que se abaixar para passar nas portas e... isso não poderia ser mais errado >.o
As paredes, degraus e telhados são ricos em detalhes e texturas que pouco aparecem. Algumas pessoas pintam esses detalhes e deixam o castelo muito mais bonito. Novamente, é um display bonito, como playset deixa a desejar e certamente é o castelo menos divertido e mais "barato" que já foi lançado na linha do My Little Pony.
O preço do Wedding Castle no Brasil fica em torno de R$179,99, nos EUA: US$34.99.
Para terminar, foto nova de poneis novos ^^




segunda-feira, março 11, 2013

Cachorro na praia

Nós vivemos em um país "engraçado" onde nossos legisladores precisam fazer leis, não tem (em geral) qualquer preparo para isso, e abusam da criatividade.
Após alguma conferencia descobri que, segundo leis municipais, a presença de cães e animais de estimação de toda sorte é proíbida em toda Florianóplis, em Maresias, nas praias concessionadas (quase todas) do Rio de Janeiro e (embora nos outros casos eu não tenha achado a lei especifica) aparentemente na maior parte do Litoral Brasileiro.

Eu não vou entrar em detalhes sobre a lei em sí. Para quem se interessar, eu li tudo, e aqui esta: LEI COMPLEMENTAR 94/2001- Código de Proteção Animal- Florianópolis/SC. De fato é proibida a presença de cães, gatos e outros animais em qualquer praia. Do jeito que esta escrito são priobidas também aves, peixes, etc. Trofeu joinha. :P 
E o mais legal, o município nao indeniza casos em que animais apreendidos são feridos ou vem a óbito. Precisa ou não precisa de revisão?

Obviamente a lei não nos diz "por que" não levar cães a praia. Eu tenho sérias dúvidas de que metade dos vereadores se lembrem do que é um "bicho geográfico". Se é que ainda se ensina isso na escola hoje em dia, do jeito que anda a educação, vai saber. Mas o bicho geográfico é o top culpado pela proíbição de cães na praia. Além dele são frequentemente mencionadas a sarna, micose e toxiplasmose¹.

Hoje em dia, os donos de cães que se importam com eles o bastante para leva-los caminhar e se exercitar são bem mais conscientes do que era a humanidade em geral 10 ou 20 anos atrás. Com campanhas de conscientização e sacolinhas de lixo de todos os tipos sabemos que as pessoas tendem, cada vez mais, a recolher as fezes dos cães. Recolher a urina, especialmente de cães pequenos, também não seria um problema, com uma pázinha (que muitos donos já utilizam nos passeios) ou mesmo usando o saquinho de lixo como luva é possível retirar boa parte da areia que foi molhada pelo xixi, da mesma forma como se limpa uma areia higiênica. 
A mudança cultural é o primeiro ponto que evoca a mudança da lei, na minha opinião. Um cão com dono não oferece mais risco ao banhista do que as gaivotas, garças, animais de rua... vacas?

... vazamento de óleo, poluição, lixo arrastado pela chuva (que incluí urina de ratos), fluido com rastros de esgoto e outros tipos de contaminação.
Na verdade um cão com dono, preso em uma coleira, deve oferecer um risco ainda menor do que o faz um outro humano com frieira ou  qualquer tipo de micose. Proíbem pessoas com frieira de irem a praia ou apenas contam com algum bom senso das mesmas? Os maiores vetores de transmissão de doenças humanas são os próprios humanos.
Cães abandonados, ou que nunca sequer tiveram dono, são vistos na praia com alguma frequência. Causam receio na população, especialmente por andarem em matilhas normalmente. Mas dúvido que um dia leremos a manchete "Após passagem de cães pela praia três crianças ficam doentes".
Fonte: Diário Catarinense. 

Ao contrário do que pode parecer eu não acho que é a existência dos cães de rua que justifica a possibilidade dos cães com donos acessarem a praia. Todos os animais deveriam ser cuidados, vacinados, terem sua saúde assistida.
A praia é uma área em geral natural cuja a apreciação não deveria ser negada a nenhuma espécie que se interesse por ela. Eu já vi cães que não se importam com a praia, cães que não gostam de arei, mas também existem os que adoram as ondas e se divertem muito com elas. Limitar uma felicidade que não lesa ninguém me parece errado per se.  Eu entendo que esse argumento foi meramente emocional e não discordo dos que optarem por desconsidera-lo.

No exterior existem diversas abordagens para a questão, existem praias para animais da mesma forma que existem praias de nudismo. Em Portugal uma solução que me chamou a atenção foi a de limitar o acesso dos cães a praia apenas na temporada. Isso faz sentido, os númerosos turistas e banhistas de verão não precisam conviver com os cães, e os mesmos cães não deveriam visitar durante temporadas de alta. Até mesmo pela já elevada densidade de humanos.

Por outro lado, não ha por que impedir os cães de se deleitarem nas quase desertas praias de inverno ou outros momentos do ano. Pela baixa frequência qualquer risco de contaminação já é radicalmente reduzido.
Ou, alternativamente, pode-se estabelecer praias que recebem animais e praias que não.
Eu acredito que uma medida alternativa à atual deva ser adotada. Primeiramente por que a atual não é observada, não é obedecida nem fiscalizada a contento. Não precisamos de leis que somos livres para desrespeitar impunemente a qualquer momento. Será que fiscais de cachorro na praia são nossa prioridade?     Qual o verdadeiro benefício social dessa lei?

Hoje meu cachorro foi a praia, e por isso o post. Pensei a respeito, existem mais doenças envolvidas do que eu imaginava quando comecei a escrever isso, ainda assim de incidência mínima a ponto de não se poder contar os casos de "doença adquirida na areia da praia". Mudei de opinião, parcialmente, a medida que redigi essas linhas. Mas ainda acho que a situação deve ser revista. 
Na prática, durante minha breve estada na praia uma pessoa comentou casualmente, para que eu ouvisse , que "praia não é lugar de cachorro" não tive a oportunidade de conversar com o sujeito, depois que ele se foi fiquei curiosa se ele segue a lei pela lei (o que é completamente válido, eu aprovo e sou contra atravessar fora da faixa de pedestres por exemplo) ou se algo nos cães realmente o incomoda a ponto de que a presença de um cão torne a praia menos "aproveitavel". 
Três pessoas pararam para assistir o cachorro brincar na água. Dentro da minha limitada capacidade empática arrisco dizer que elas pareciam agradadas. Algumas pessoas ainda tem a delicada habilidade de compartilhar a felicidade dos outros, de ficarem felizes pelos outros. Pouco a diante, quando já nos retiravamos, um casal de velhinhos me parou, conversamos um pouco, rimos, falamos sobre os cães deles e outros cães.

Quanto perdemos e quanto ganhamos nos privando de coisas simples - e de certa forma inevitáveis no caso de animas de rua - como cães na praia?
Depois de reconsiderar as doenças, ler sobre elas muito mais do que referenciei aqui, ainda acredito que a impedir os cães de frequetarem a praia lesa tanto os animais quanto os donos que desejam a felicidade e a companhia dos pets. Novamente, da mesma forma que existem praias de nudismo e outras praias, podem ser estabelecidas praias que aceitem atividades com animais (presença de cães, cavalgadas, etc) e outras que não. Todas as pessoas teriam a opção de visitar um local adequado a seus interesses.

E não são só os cães que querem ir a praia:
 
Fotos da Lu,  do CanoaBrasil e UOL

¹
Micoses: Sendo "frieira" uma delas, são um risco na areia de fato, já a água salgada por outro lado não é nada favoravél a esses fungos. Brincar no tanque de areia da escola ou parquinho representa um risco maior.
Toxoplasmose: O hospedeiro final é o gato, para contrair a doença é preciso INGERIR particulas infecciosas. Se você come areia da praia ou deixa seu filho comer, você também merece ficar em casa >.o
Sarna: Existem dois tipos de sarna, um deles afeta ambos homem e cão. Outro, a sarna negra causada pelo Demodex canis, afeta apenas cães. Uma boa prevenção é não esfregar os cães dos outros na praia :P